Glamping no inverno: chuva, frio e conforto

Frio, chuva, vento, neve e gelo, palavras intrinsecamente ligadas ao outono/inverno. Com a sua chegada lá se vai a roupa fresca e nesta altura tiramos os agasalhos da arrecadação. É a época das camisolas de lã, gorros, cachecóis e dos lugares aconchegantes. Quando o inverno se instala é quando apetece aquelas tardes passadas em frente à lareira com uma bebida quente nas mãos.

Acampar nesta época não faz parte dos planos da maior parte das pessoas e percebe-se porquê; fazê-lo é uma aventura que não está ao alcance de todos, nesta altura quer-se conforto e proteção dos elementos.

Felizmente para os que adoram o contacto com a natureza há uma alternativa, chama-se glamping.

O glamping consegue conciliar o conforto de um alojamento local com a proximidade do meio ambiente. Os espaços de glamping tomam muitas formas, yurts, domes, cocoons, pods, tendas, tipis, cabanas…

Há pontos em comum entre o glamping e o campismo tradicional, por exemplo, a proximidade com a natureza, serem estruturas móveis, mas esses pontos terminam aqui.

É um tipo de turismo que se diferencia pelas características do alojamento em si mas também pelo tipo de atividades que tradicionalmente promovem, e que estão associados à saúde e ao bem-estar.

Nestes alojamentos os pequenos-almoços geralmente estão incluídos na oferta, constituindo momentos de prazer gastronómico para os hóspedes em que são presenteados com produtos regionais de qualidade, uma forma de dar a conhecer a cultura e costumes da região.

São muitas vezes espaços bem enquadrados geograficamente, com vistas deslumbrantes, que oferecem momentos únicos com todo o conforto de um hotel.

Há uma grande variedade de alojamentos de glamping, uns têm como público-alvo as famílias, já outros têm uma oferta mais virada para casais, tudo com conforto e uma dose de “glamour”.

Tipos de alojamento

Os alojamentos são compostos pelos mais variados materiais e formas, e se uns aparentam ser à “prova de frio” como o caso dos yurts, originários da Mongólia país conhecido pelos seus invernos rigorosos, já outros parecem mais adaptados para climas quentes, como as tendas safari.

Os yurts são estruturas que mantém a sua essência tradicional no que respeita a técnicas de construção, já os primeiros modelos das tendas safari são muito diferentes dos atuais. Se as tendas que víamos nos documentários da vida selvagem na savana africana eram compostas por estruturas metálicas ou de madeira com uma lona simples, as novas albergam um grau de sofisticação muito superior, capazes de proteger os seus ocupantes das condições atmosféricas mais adversas.
Estas estruturas modernas foram desenhadas a pensar na sua utilização durante todo o ano, tanto em países do sul, como é o caso de Portugal, como em países do norte da europa, tradicionalmente mais frios. Estas além de ter sistemas de controlo de temperatura ativos, como salamandras e aquecedores, têm sistemas passivos, que é o mesmo que dizer têm bons isolamentos térmicos, razão pela qual são usadas todo o ano nos Países Baixos.

Cores de outono e inverno

Com a chegada do outono e inverno as cores das paisagens alteram-se. Se todos gostamos do conforto do tempo quente, no que respeita ao outono e inverno os sentimentos são ambíguos. As estações fazem parte do ciclo natural do nosso planeta, mas isso não significa que gostemos delas de igual modo. Apesar disso a mudança de estações tem os seus encantos, as folhas das árvores ganham uma nova cor, apetecem bebidas quentes e as lareiras exercem uma influência mágica.

Seria uma pena desperdiçar todo este potencial, perder a oportunidade de conviver com as gentes neste cenário invernal em que tudo ganha outra perspetiva e como estamos em época baixa os preços também são.